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BATALHA DE LOS ANGELES



Assim como o "Caso - ET de Varginha", no qual já fizemos uma matéria falando a respeito, também resolvemos contar mais detalhes deste curioso caso de avistamento de Ovnis. O que torna este caso tão intrigante e misterioso, é que se passou durante a época da Segunda Guerra Mundial, e não foi vista somente por cidadãos comuns, mas por dezenas de pelotões militares que em meio àquele caos dispararam contra algo que sobrevoava os céus de Los Angeles.

Se você ainda não ouviu o episódio "Papo de Podcast. 05 - Aliens, Você acredita?" no qual retratamos essa e outras histórias, ouça após ler este artigo. Além de contarmos este caso completo, também ambientamos a história com sons da época da Guerra e colocamos efeitos sonoros bem legais, tudo para deixar você ouvinte imerso na história.

Agora sem mais delongas, vamos ao caso da "BATALHA DE LOS ANGELES".





PEARL HARBOR E ONDE TUDO COMEÇOU:



Em 7 de Dezembro de 1941, houve um ataque surpresa à base naval de Pearl Harbor em Honolulu, no Havaí. O Serviço Aéreo Imperial da Marinha Japonesa invadiu a costa dos Estados Unidos, pouco antes das 08h00, no domingo de 7 de dezembro de 1941. O ataque levou à entrada formal dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial no dia seguinte. A liderança militar japonesa se referiu ao ataque como Operação Havaí.

(Imagem Reprodução: Ataque ao Pearl Harbor)


O Império do Japão pretendia o ataque como uma ação preventiva para impedir a Frota do Pacífico dos Estados Unidos de interferir em suas ações militares planejadas no sudeste da Ásia contra territórios ultramarinos do Reino Unido, países baixos e Estados Unidos.


O ataque começou às 7:48hrs, horário do Havaí (18h18 GMT). A base foi atacada por 353 aviões do Japão (incluindo caças, bombardeiros de nível e de mergulho, além de torpedeiros) em duas ondas, lançadas por 6 porta-aviões. Todos os 8 navios de guerra da Marinha dos Estados Unidos foram danificados, com 4 naufrágios. Os japoneses também afundaram ou danificaram 3 cruzadores, 3 contratorpedeiros, 1 navio de treinamento antiaéreo e 1 lançador de minas navais. 188 aviões dos Estados Unidos também foram destruídos e 2.403 americanos foram mortos, além de 1.178 feridos.

Composição da primeira onda do ataque Japonês a costa do Havaí, Estados Unidos



Este caso até hoje foi o maior ataque feito contra os Estados Unidos dentro de solo americano, o resultado apesar de devastador, foi ainda maior para o Japão que saiu derrotado após os Estados Unidos revidar com bombas nucleares mais tarde.

"Mas este é um assunto para outra publicação contando mais detalhes sobre este ocorrido."


A TRANSMISSÃO DE RÁDIO QUE CHOCARIA OS ESTADOS UNIDOS



Após este fatídico dia, os Estados Unidos estava em alerta e sobre constante apreensão de uma possível invasão dos Japoneses, pois este caso ocorrera há menos de 3 meses. Mas não havia somente o receio de um ataque japonês pela costa do Pacífico. A população tinha também temor de "Extraterrestres".

"Isso mesmo que você leu!! Extraterrestres."

Fazia menos de 4 anos que o cineasta e ator Orson Welles transmitira na Rádio CBS - em outubro de 1938 uma adaptação de A Guerra dos Mundos, obra de ficção científica de H.G Wells, escrita em 1898. Welles colocou ruídos estranhos seguidos de sua voz empostada e calculadamente amedrontada, narrando uma invasão alienígena a nosso planeta. Eles, os marcianos, estariam em batalha com a polícia em Grovers Hill, local próximo a Nova York. Welles anunciou um número incerto de mortes. Em Nova York, quartéis dos bombeiros, postos policiais, hospitais e redações de jornais foram invadidos por multidões de pessoas apavoradas. O rádio exercia grande influência na população e todas acreditaram na invasão de visitantes hostis. Várias pessoas se jogaram de janelas, ou saíram histéricas nas ruas. Para piorar, Welles pôs no ar uma declaração fictícia do secretário do Interior sugerindo que as pessoas devessem "sacrificar suas próprias existências a fim de fazer prevalecer a vida humana na Terra". Passados alguns minutos, Welles retornou anunciando que os monstros estavam próximos de Nova York.


Tal "brincadeira" feita por eles na rádio ocasionou em uma devastadora situação de terror no país. Vale lembrar que naquela época, o rádio era a principal fonte de informação e não havia uma gama grande de estações para se ouvir, pois estamos falando de 1938, a época de Ouro do Rádio.

(Foto reprodução: Orson Welles na transmissão da Rádio CBS)



Após este ocorrido, Welles percebeu a proporção que aquilo tinha tomado, apesar dele avisar no início da transmissão que tudo não passava de uma interpretação da história de H.G Wells, somente após começar a transmissão, foi então que mais de 1 milhão de pessoas sintonizou na Rádio. Logo que Welles ficou sabendo do terrível caos que acontecera no país, veio a publico pedir desculpas pela situação.


Este caso retratamos também no episódio "Papo de Podcast. 05 - Aliens, Você acredita?", no qual fizemos toda a sonorização com a transmissão da rádio verdadeira.

Ficou bem legal, ouça após terminar de ler aqui ;)

Menos de 4 anos depois disso tudo, ocorre então o famoso caso de Los Angeles.





APAGÃO GERAL E HISTERIA



Após a onda de pânico que houve por todo os Estados Unidos por conta da invasão dos Japoneses e pela falsa invasão alienígena, a população se mantinha em alerta, pois um novo ataque era iminente. As coisas começaram a piorar quando diversas pessoas relataram ter visto aeronaves não americanas sobrevoando a cidade de Nova York, o que causou uma histeria coletiva dos cidadãos.

Henry Stimson, o então secretário dos Estados Unidos, ao invés de acalmar a população, só reforçou a ameaça das forças militares Japoneses e seu possível ataque, assim era para todos se prepararem para "golpes ocasionais". Isso fez com que pilotos e radares confundissem barcos de pesca, baleias e outros objetos com "Submarinos" Japoneses, espalhando ainda mais uma tensão por todos o país.


(Fonte: Seton Hall University/Reprodução)



O surgimento de boatos de que porta-aviões japoneses atacaria a cidade de Oakland, na Califórnia, pela Baía de São Francisco, fez com que o governo local fechasse todas as escolas e estabelecesse um blecaute para servir como "cortina de fumaça" para o ataque japonês, na esperança de fazê-los hesitarem.


Por toda a cidade, a Defesa Civil espalhou sirenes fornecidas pelo Departamento de Polícia de Oakland afim de que fosse implementado um toque de recolher. Ficou proibido o funcionamento de televisões ou rádio depois do horário, assim como acender luzes.


(Vídeo Reprodução: Sirene de Guerra/ Youtube)



Isso também aconteceu com os habitantes de Juneau, capital do Alasca, que receberam instruções governamentais para que fosse respeitado o toque de recolher e cobrissem suas janelas durante o blecaute, uma vez que havia boatos de tropas japonesas espreitando a costa sudeste da cidade. Seattle foi outra cidade que instaurou o apagão como forma de precaução.





A GUERRA NO CÉU



(Fonte: Scarenormal/Reprodução)



Era aproximadamente 2h30 de 25 de Fevereiro de 1942 quando as sirenes começaram a funcionar por toda a Los Angeles. Cerca de meia hora mais tarde, os holofotes rasgaram os céus acompanhados pelo rastro dos disparos, enchendo o horizonte de fumaça. Isso porque a inteligência norte-americana repassou para todos os postos de combate que havia um gigantesco objeto não identificado (OVNI) sobrevoando os céus da cidade.


(Foto reprodução: Disparos nos céus contra o Ovni)




As tropas de Santa Mônica abriram fogo com metralhadoras calibre 50. Todas as outras bases rapidamente atacaram, porém ninguém via nada além de fumaça e os rastros dos tiros que se interpunham à luminosidade brilhante dos holofotes. A "máquina desconhecida", como os militares chamavam, permaneceu imóvel, sem sequer contra-atacar.


(Foto reprodução: Armamento militar)



"Era enorme, simplesmente enorme", declarou o antigo diretor da Aeronáutica dos Estados Unidos. "Eu nunca tinha visto nada parecido em toda a minha vida".

Além disso, surgiram milhares de depoimentos de Angelinos naquela noite alegando terem visto objetos estranhos vagando pelo céu que não pareciam com os aviões do exército americano. Outros afirmaram que viram aeronaves japonesas voando em formação, assim como o pouso de um avião inimigo nas ruas de Hollywood.


(Fonte: Pinterest/Reprodução)



"Eu mal conseguia enxergar os aviões, mas eles estavam lá em cima, sim" afirmou Charles Patrick, um artilheiro costeiro. "Eu podia ver seis aviões e os projéteis explodindo ao redor deles, como se fossem imunes", ele complementou.

(Foto reprodução: Pinterest)



No entanto, o coronel G. Murphy, do Corpo de Artilharia Costeira, disse o contrário. Ele garantiu que todos estavam suscetíveis a ver o que não havia por causa do medo e da expectativa ao redor de um possível ataque:

"A imaginação poderia ter facilmente revelado muitas formas no céu em meio àquela sinfonia estranha de ruídos e cores. Mas, um breve destacamento da situação, não havia nenhum tipo de avião no céu: amigo ou inimigo."




ENCONTRANDO UMA EXPLICAÇÃO




O ataque durou até quase 4hrs, com as tropas tendo disparado mais de 1,4 mil munições antiaéreas contra o céu. Quando o sol raiou, as unidades militares americanas descobriram que parecia não ter existido nenhuma ameaça inimiga.


Depois que Frank Knox, então secretário da Marinha dos EUA, declarou isso em uma coletiva de imprensa, dizendo que todos incidente não passara de um alarma falso incitado pela ansiedade causada pelos "nervos de guerra", o Comando de Defesa Ocidental do Exército expediu um comunicado em que se lia:

"Embora os relatórios sejam conflitantes e todos os esforços estejam sendo feitos para apurar os fatos, está claro que nenhuma bomba foi lançada e nenhum avião abatido. Não houve inimigos".

(Fonte: Garfield Senior High School/Reprodução)



Além disso o general George C. Marshall apontou a possibilidade de o incidente ter sido orquestrado por agentes japoneses usando aviões comerciais (que voam mais alto que os de guerra) para darem início a uma guerra psicológica para desestabilizá-los ainda mais depois do bombardeiro ao Peal Harbor.


O dano de todo esse "falso combate" recaiu sobre os habitantes de Los Angeles, que tiveram suas casas destruídas por projéteis de artilharia, assim como as janelas de vários edifícios pela cidade. Não houve feridos graves, porém 5 pessoas morreram em decorrência de ataques cardíacos e acidentes de carro durante o blecaute.





O INSISTENTE MISTÉRIO



(Fonte: History/Reprodução)




No entanto, a maioria dos meios de comunicação não compraram a resposta do governo para o incidente, uma vez que os relatórios eram contraditórios e apresentaram explicações diferentes para o episódio.


O Long Beach Independent, por exemplo, escreveu:

"Há uma reticência misteriosa sobre todo o assunto e parece que alguma forma de censura está tentando interromper a discussão sobre o que de fato aconteceu".

O deputado Leland M. Ford, de Santa Mônica, chegou a convocar uma investigação no Congresso para que explicações adequadas sobre o episódio fossem dadas.

De acordo com entrevistas feitas pelo editorial do The New York Times da época, muitas testemunhas avistaram um grande objeto flutuante parecido com um balão, enquanto outras enxergaram de fato uma nave. A foto publicada na manhã de 26 de Fevereiro pelo Los Angeles Times despertou uma teoria ufológica de invasão extraterrestre (o que se estende até hoje por causa das circunstâncias desconhecidas).


(Foto tratada e raio x)


(Foto Reprodução: colorido HD)



Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo japonês declarou publicamente que não teve nenhum envolvimento com o episódio de 1942, derrubando todas as teorias de opressão psicológica erguidas anteriormente.

(Fonte: History/Reprodução)



Em 1983, em uma conferência internacional, o Escritório de História da Força Aérea dos Estados Unidos definiu que os eventos do ataque aéreo de Los Angeles estavam vinculados ao lançamento de "balões meteorológicos" no dia, que serviriam para ajudar a determinar as condições do vento. Reforçando que combinação das luzes incertas dos holofotes, fumaça e disparos podem ter feito os artilheiros acreditarem que estavam atirando em aviões, com uma tensão psicológica levando os habitantes a ver o que na verdade nunca existiu.

(Foto reprodução: Holofotes)



O fato é que até hoje os rumores continuam grandes a respeito do que de fato ocorreu na noite de 1942 e muitos custam a acreditar nas justificativas. Para algumas pessoas o fato só está sendo acobertado até os dias atuais e assim essas justificativas são "genéricas", pois este acontecimento não foi visto somente por um grupo isolado de pessoas. Mas também por bases militares de Los Angeles. Porém a hipótese mais aceita é de que houve uma crise de histeria por parte dos militares que estavam com os ânimos aquecidos pela apreensão de um ataque eminente.


E você o que acha a respeito disso?







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